quinta-feira, 19 de abril de 2012

Número de fumantes segue em queda no Brasil.

Pela primeira vez, o percentual de fumantes está abaixo dos 15%

O número de fumantes permanece em queda no Brasil. É o que revela a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde. Segundo a pesquisa, de 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. A incidência de homens fumantes no período 2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano, segundo o Vigitel 2011.

HOMENS FUMAM CADA VEZ MENOS – A frequência de fumantes continua maior em homens (18,1%) do que entre as mulheres (12%). Porém, é a população masculina quem também lidera a redução do hábito de fumar entre os brasileiros: um quarto dos homens declarou ter abandonado o cigarro (25%).

A tendência de queda do consumo do tabaco em homens foi constatada em todas as faixas etárias e independentemente do grau de escolaridade. Essa redução resultou na queda da prevalência do fumo na população geral. Além disso, o baixo número de fumantes entre os jovens de 18 e 24 anos: 12,5%, porcentagem inferior à média nacional. Além disso, o Vigitel 2011 também apontou que 11,3% desses jovens param de fumar antes de completar 25 anos.

A quantidade de pessoas que largam o vício aumenta com o avançar da idade. A frequência de ex-fumantes é quase cinco vezes maior para homens maiores de 65 anos (52,6%). Entre as mulheres, a maior queda é sentida na faixa etária dos 55 aos 64 anos, atingindo 30% da população feminina.

Outro bom motivo para comemorar é a diminuição dos homens que fumam mais de 20 cigarros por dia, o chamado fumo pesado. A proporção passou de 6,3% para 5,4% nos últimos seis anos. Ações de combate ao tabaco estão entre as prioridades do Governo Federal.

Uma série de medidas para reduzir a atratividade do cigarro vem sendo liderada pelo Ministério da Saúde. Dentre elas, destacam-se a proibição de publicidade do tabaco, a adesão à Convenção-Quadro do Controle do Tabaco de 2005, aumento das alíquotas dos impostos para 85%, proibição de fumódromos e a ampliação do espaço reservado às advertências sobre os efeitos danosos do fumo nos maços. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu os aditivos do cigarro.

FUMO PASSIVO – O Vigitel 2011 apontou que 11,8% dos brasileiros não-fumantes moram com pelo menos uma pessoa que fuma dentro de casa. Além disso, 12,2% das pessoas que não fumam convivem com algum colega fumante no local de trabalho.

São as mulheres (13,3%) e os adultos entre 18 e 24 anos (17,7%) quem mais sofrem com o fumo passivo dentro de casa. Já no trabalho, a frequência de homens atingidos pelo fumo passivo (17,8%) é mais que duas vezes superior à registrada entre as mulheres (7,4%). Homens menos escolarizados (até oito anos de estudo) são as principais vítimas do cigarro alheio no ambiente de trabalho (20,9%), percentual bem superior se comparado àqueles com mais de 12 anos de estudo (8,9%).

Para o ministro, a Lei Antifumo sancionada pela presidenta Dilma Rousseff vai contribuir para a redução do fumo passivo no ambiente de trabalho. “O resultado do Vigitel só reforça a importância de investir em políticas públicas mais restritivas ao tabaco. O ambiente de trabalho também é um espaço público, portanto deve ser livre do cigarro”, afirmou Padilha. O SUS gasta cerca de R$ 19 milhões por ano com diagnóstico e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo passivo.

De acordo como o Instituto Nacional do Câncer (INCA), pelo menos 2,6 mil não fumantes morrem no Brasil por ano devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Pessoas que não fumam, mas são expostas à fumaça do cigarro têm 30% mais chance de desenvolver câncer de pulmão e 24% a mais de sofrer infarto e doenças cardiovasculares.

INFORMAÇÃO COMO ALIADA NO COMBATE AO TABAGISMO – Quanto mais informação, menor a chance da pessoa se iniciar no vício de fumar. O percentual de fumantes com menor escolaridade (0 a 8 anos de estudo) é de 18,8%, quase o dobro em relação às pessoas mais escolarizadas (12 anos ou mais), que atinge 10,3%. O Ministério da Saúde também investe em ações educativas. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento de Doenças Crônicas não transmissíveis prevê o fortalecimento do Programa Saúde na Escola, voltado para prevenção e redução do uso do álcool e tabaco entre crianças e adolescentes.

Fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde

Postado por: Equipe CMS Mário Vitor
Rio de Janeiro, 19 de Abril de 2012.

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