Número de fumantes segue em queda no Brasil.
Pela primeira vez, o percentual de fumantes está abaixo dos 15%
O número de fumantes permanece em queda no Brasil. É o que revela a
pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da
Saúde. Segundo a pesquisa, de 2006 a 2011, o percentual de fumantes
passou de 16,2% para 14,8%. A incidência de homens fumantes no período
2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano, segundo o Vigitel
2011.
HOMENS FUMAM CADA VEZ MENOS – A frequência de fumantes
continua maior em homens (18,1%) do que entre as mulheres (12%). Porém, é
a população masculina quem também lidera a redução do hábito de fumar
entre os brasileiros: um quarto dos homens declarou ter abandonado o
cigarro (25%).
A tendência de queda do consumo do tabaco em homens foi constatada em
todas as faixas etárias e independentemente do grau de escolaridade.
Essa redução resultou na queda da prevalência do fumo na população
geral. Além disso, o baixo número de fumantes entre os jovens de 18 e 24
anos: 12,5%, porcentagem inferior à média nacional. Além disso, o
Vigitel 2011 também apontou que 11,3% desses jovens param de fumar antes
de completar 25 anos.
A quantidade de pessoas que largam o vício aumenta com o avançar da
idade. A frequência de ex-fumantes é quase cinco vezes maior para homens
maiores de 65 anos (52,6%). Entre as mulheres, a maior queda é sentida
na faixa etária dos 55 aos 64 anos, atingindo 30% da população feminina.
Outro bom motivo para comemorar é a diminuição dos homens que fumam
mais de 20 cigarros por dia, o chamado fumo pesado. A proporção passou
de 6,3% para 5,4% nos últimos seis anos. Ações de combate ao tabaco
estão entre as prioridades do Governo Federal.
Uma série de medidas para reduzir a atratividade do cigarro vem sendo
liderada pelo Ministério da Saúde. Dentre elas, destacam-se a proibição
de publicidade do tabaco, a adesão à Convenção-Quadro do Controle do
Tabaco de 2005, aumento das alíquotas dos impostos para 85%, proibição
de fumódromos e a ampliação do espaço reservado às advertências sobre os
efeitos danosos do fumo nos maços. Recentemente, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu os aditivos do cigarro.
FUMO PASSIVO – O Vigitel 2011 apontou que 11,8% dos
brasileiros não-fumantes moram com pelo menos uma pessoa que fuma dentro
de casa. Além disso, 12,2% das pessoas que não fumam convivem com algum
colega fumante no local de trabalho.
São as mulheres (13,3%) e os adultos entre 18 e 24 anos (17,7%) quem
mais sofrem com o fumo passivo dentro de casa. Já no trabalho, a
frequência de homens atingidos pelo fumo passivo (17,8%) é mais que duas
vezes superior à registrada entre as mulheres (7,4%). Homens menos
escolarizados (até oito anos de estudo) são as principais vítimas do
cigarro alheio no ambiente de trabalho (20,9%), percentual bem superior
se comparado àqueles com mais de 12 anos de estudo (8,9%).
Para o ministro, a Lei Antifumo sancionada pela presidenta Dilma
Rousseff vai contribuir para a redução do fumo passivo no ambiente de
trabalho. “O resultado do Vigitel só reforça a importância de investir
em políticas públicas mais restritivas ao tabaco. O ambiente de trabalho
também é um espaço público, portanto deve ser livre do cigarro”,
afirmou Padilha. O SUS gasta cerca de R$ 19 milhões por ano com
diagnóstico e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo passivo.
De acordo como o Instituto Nacional do Câncer (INCA), pelo menos 2,6
mil não fumantes morrem no Brasil por ano devido a doenças provocadas
pelo tabagismo passivo. Pessoas que não fumam, mas são expostas à fumaça
do cigarro têm 30% mais chance de desenvolver câncer de pulmão e 24% a
mais de sofrer infarto e doenças cardiovasculares.
INFORMAÇÃO COMO ALIADA NO COMBATE AO TABAGISMO –
Quanto mais informação, menor a chance da pessoa se iniciar no vício de
fumar. O percentual de fumantes com menor escolaridade (0 a 8 anos de
estudo) é de 18,8%, quase o dobro em relação às pessoas mais
escolarizadas (12 anos ou mais), que atinge 10,3%. O Ministério da Saúde
também investe em ações educativas. O Plano de Ações Estratégicas para o
Enfrentamento de Doenças Crônicas não transmissíveis prevê o
fortalecimento do Programa Saúde na Escola, voltado para prevenção e
redução do uso do álcool e tabaco entre crianças e adolescentes.
Fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde
Postado por: Equipe CMS Mário Vitor
Rio de Janeiro, 19 de Abril de 2012.