A Cruz Vermelha foi fundada no dia 5
de dezembro de 1908.
O médico Dr. Oswaldo Cruz, conhecido por seus trabalhos sanitários no Rio de Janeiro foi o primeiro presidente da instituição que
é formada por voluntários com objetivo de ajudar as pessoas necessitadas.
Os princípios fundamentais da Cruz Vermelha são:
- Humanidade
- Imparcialidade
- Neutralidade
- Independência
- Voluntariado
- Unidade
- Universalidade
A Cruz Vermelha é uma entidade internacional, com
sede em vários países do globo, cuja missão é
levar assistência a quem necessite, nas mais diversas condições:
feridos, prisioneiros, refugiados, enfermos.
Na guerra ou na paz, a Cruz Vermelha tem como primeiro objetivo
promover o bem-estar; por isto, suas atividades podem se estender ao campo
da educação, da assistência social, da prevenção
de doenças, do combate de epidemias, fome e muito mais.
Henri Dunant
Na esfera social, trabalha com minorias (idosos, deficientes físicos
e mentais, por exemplo), doentes crônicos, dependendo da realidade de
cada país em cada época.
O importante é que a Cruz Vermelha não age sob interesse de
nenhum país, empresa ou organização. Seu interesse maior
é a vida, sem discriminar etnia ou nacionalidade.
Sua data é comemorada no dia do nascimento de Henri Dunant, que primeiro
concebeu a idéia da Cruz Vermelha e acompanhou sua criação.
Dunant ganhou o primeiro Prêmio Nobel da Paz, em 1901, e morreu em 1910.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também recebeu um Prêmio
Nobel da Paz em 1917 - o único durante a Primeira Guerra Mundial -
e outro em 1944, pelo desempenho na Segunda Guerra. Quando do centenário
da Fundação da Cruz Vermelha, em 1963, mais dois prêmios
Nobel da Paz: um foi para o Comitê Internacional e outro para a Liga
das Sociedades.
COMO SURGIU A CRUZ VERMELHA?
Henri Dunant
A idéia da Cruz Vermelha nasceu em 1859, mais de
cinqüenta anos antes de sua efetiva criação e reconhecimento
internacional.
Tudo começou quando Henri Dunant, um jovem suíço, se
comoveu com o sofrimento no campo de batalha de Solferino, no Norte da Itália,
onde os socorros militares não eram suficientes. A forte impressão
causada pela dor das pessoas inspirou Henri Dunant a escrever um livro: "Recordações
de Solferino", em que descrevia dramáticas cenas da guerra. A
partir dali, Dunant já percebia a necessidade de uma entidade que pudesse
ajudar pessoas naquele tipo de situação.
A diferença é que, no livro, ele não se limitou a relatar
as desgraças da guerra. Mais do que isto, ele sugeria a criação
de grupos nacionais de ajuda e apontava a necessidade de se pensar "um
princípio internacional, convencional e sagrado", que inspiraria
posteriormente a Convenção de Genebra.
Em 1863, também sob influência do livro, seis pessoas se reuniram
- entre elas, Henri Dunant - para tomarem providências práticas
em relação à situação exposta. Com a presença
de representantes de 16 nações, o resultado foi a criação
da Cruz Vermelha, a partir de quatro resoluções.
A primeira delas dizia respeito à criação de comitês
de socorro, de âmbito nacional, para prover ajuda ao serviço
de saúde dos exércitos. Em tempos de paz, seria responsável
também pela formação de enfermeiras voluntárias.
Também ficou decretada a neutralização de uma equipe
de ambulâncias, hospitais militares e pessoal de saúde, a fim
de fornecer ajuda sem distinção. Por fim, resolveu-se adotar
a cruz vermelha como símbolo, aplicada sobre um fundo branco.
Um ano depois acontecia a primeira Convenção de Genebra, com
proposições semelhantes, reunindo assinaturas de 55 países.
Era o início da história do direito humanitário.
Nesta época, a Cruz Vermelha era dirigida por cidadãos suíços
apenas. As Sociedades Nacionais eram compostas por membros diretamente treinados
em primeiros socorros e emergência. Foi após a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) que cada Sociedade Nacional formou seu próprio
grupo. Unidas, formaram a Liga das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha,
hoje conhecida como Federação das Sociedades Nacionais da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho.
A preocupação com os direitos humanos levou à atitude
contra a guerra e pela paz, principalmente depois da Primeira Guerra Mundial.
Em 1946, este objetivo foi reiterado durante uma Conferência Internacional
da Cruz Vermelha, em que se colocou que "... a tarefa essencial da Liga
e das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha consiste em um esforço
cotidiano para manter a paz e em uma aglutinação de todas as
forças e de todos os meios para impedir futuras guerras mundiais".
É bom lembrar que isto foi dito em plena Segunda Guerra Mundial.
Dois anos depois, a Conferência Internacional já reunia 46 nações.
O marco desta reunião foi a Declaração sobre a Paz.
A Cruz Vermelha Brasileira foi fundada em 1908, com sede no Rio de Janeiro,
e tornou-se reconhecida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha em
1912.
ESTRUTURAS E ATRIBUIÇÕES
Cruz Vermelha
Em sua estrutura internacional, a Cruz Vermelha é formada por um Comitê
Internacional e uma Liga das Sociedades, que engloba as diversas Sociedades
Nacionais e todas as Sociedades do Crescente Vermelho.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha tem 25 membros suíços
e está ligado diretamente às Convenções de Genebra.
É um importante órgão de divulgação dos
direitos humanitários, com base nos princípios da Cruz Vermelha.
A atividade da Liga das Sociedades da Cruz Vermelha procura coordenar as
sociedades-membro no contexto internacional e participar na orientação
e no incentivo da criação de novos membros. Fornece apoio operacional
em operações de socorro em tragédias internacionais.
Existe ainda a Conferência Internacional da Cruz Vermelha, a mais alta
autoridade, convocada de quatro em quatro anos ou quando há alguma
necessidade extraordinária. Uma Comissão Permanente coordena
as atividades da Cruz Vermelha nos intervalos entre as Conferências
Internacionais.
INFORMAÇÕES RÁPIDAS
Desde sua criação, em 1919, a Liga das Sociedades Nacionais
da Cruz Vermelha já coordenou mais de 300 operações de
socorro de emergência no mundo inteiro.
Na última década, foram lançados cerca de 150 apelos
que resultaram em um valor de cerca de 500 milhões de francos-suíços
(mais de 750 bilhões de reais).
Ao todo, são 171 Sociedades Nacionais em 171 países.
Para se ter uma idéia, em 1919 havia apenas uma Sociedade Nacional
na África; em 1948 eram duas e em 1979 o salto foi enorme. Já
eram 37 Sociedades Nacionais.
A Cruz Vermelha salvou pessoas em terremotos nos seguintes países:
Guatemala, Itália, Peru, Nicarágua, Turquia e Romênia;
inundações, tufões ou ciclones em Bangladesh, Filipinas,
Honduras e Romênia; secas na África, Etiópia, Haiti e
Somália;
Em 1953, o número de membros adultos era de cerca de 56 milhões.
Fonte: www.ibge.br
Postado por: Equipe CMS Mario Vitor
Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2013.
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